Opinião

Digital banks invisíveis: modelo promete revolucionar mercado - Rodrigo Pimenta

Rodrigo Pimenta*

Uma pesquisa divulgada em 2020, pelo boostLAB, o hub de negócios do BTG Pactual para empresas tech, mostra que apenas entre os anos de 2017 e 2018, o número de bancos digitais saltou 147%, comprovando a alta procura por modelos de fácil acesso. Diante disso, com todo prejuízo e redução de receita das empresas no Covid-19, as empresas vêm adotando como solução trabalhar com ecossistemas financeiros fechados para diminuir custos e para gerar novas receitas acessórias.

Antes da pandemia as contas digitais já eram uma realidade. Houve um crescimento de fintechs que oferecem soluções menos burocráticas, abertura de conta e fácil administração pelo celular através de apps em Android e iPhone (iOS). Hoje elas também são capazes de oferecer soluções ainda mais práticas, com diferentes funcionalidades, serviços e tarifas bem menores do que dos bancos tradicionais.

Há também alguns bancos com seu próprio programa de “cashback”, recompensas e/ou fidelidade, como por exemplo o rewards do Banco Original, além de algumas opções de investimentos e empréstimo pessoal para correntistas usando seus próprios Fundos FIDC, entre outras opções.

Porém, uma desvantagem da conta digital em sua maioria é que – normalmente – não oferecem alguns serviços totalmente gratuitos ou os oferecem com limitação – por exemplo, saques gratuitos nos caixas eletrônicos da rede do Banco24Horas, em que a tarifa geralmente gira em torno de R$ 6,50.

A integração do digitalbank com a tecnologia “blockchain“, possibilita a emissão, gestão e negociação de criptoativos securitizados “STO” (recebíveis, concessão de direitos autorais, quotas de precatórios, quotas de crowdfundings, quotas de direitos aluguéis de imóveis, ativos de energia, programas de cashbacks/recompensas de clientes) em blockchains privados ou públicos.

Uma nova era de “embedded fintechs”, seguindo o modelo de digitalbank “invisível”, proporciona a transformação de áreas financeiras das empresas em pequenas fintechs, com o sufixo “pay” ou “bank”, sendo acessíveis a qualquer empresa de pequeno, médio e grande porte. Então, já é possível ter o seu próprio “digitalbank” em 45 a 90 dias, altamente seguro, com backoffice com onboarding com reconhecimento facial, políticas de anti-lavagem de dinheiro, combate ao terrorismo, pessoas politicamente expostas e LGPD por conta de sua plataforma robusta, incluindo blockchain privado ou público, caso possuam criptoativos.

É importante dizer ainda que, além de quase todos serviços tradicionais de banco, esse novo modelo de negócio oferece inúmeras funcionalidades que geram novas receitas para as empresas. Destaca-se o acesso a conta digital facilitada, serviços financeiros com custos mais baixo e de forma segura, rentabilidade e um layout com a cara da marca, com módulos conforme necessidade de cada empresa em particular.

*Rodrigo Pimenta é engenheiro elétrico formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Mestre em Administração, Economia, Finanças e Operações pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), autor da publicação de Inteligência Artificial e Algoritmos Genéticos, com experiência de mais de 10 anos no Banco Itaú – onde atuou como um dos primeiros Arquitetos de TI Corporativo; é CEO e fundador da empresa Hubchain Technologies