Pravaler amplia raio de atuação; meta é financiar um milhão de alunos até 2025

Criada em 2001 como Ideal Invest, para oferecer capital de giro para faculdades, em 2006 a Pravaler descobriu sua vocação e “pivotou” o negócio, passando a oferecer crédito estudantil – quando o único concorrente era o estatal FIEES. De lá para cá, recebeu aportes, inclusive do Itaú (que hoje tem 42% da fintech), e financiou 160 mil alunos de cursos superiores. Agora, acaba de inaugurar uma nova fase cuja meta é atingir um milhão de financiamentos estudantis até 2025. Como? Entrando em novos mercados, desde intercâmbio e cursos de idiomas, até cursos de curta duração.

“Já estamos em fase de testes”, revela Rafael Baddini, sócio diretor de estratégias e negócios da Pravaler. “Queremos ser a maior fintech de soluções para educação do Brasil”. Baddini explica que já tem parceria com mais de 500 instituições de ensino superior privado, que representam 70% das 4,5 milhões de matrículas anuais do segmento. “Mas no Brasil tem 30 milhões de pessoas que pagam por educação, todo ano”, informa. A Pravaler quer abocanhar uma parcela desse público.

Embora tenha nascido ainda no começo da década de 2000, a Pravaler sempre teve atuação 100% online – por isso se considera uma das primeiras fintechs do Brasil: “Fazíamos crédito online e desintermediação financeira desde o começo”.

Baddini revela ainda que a Pravaler foi a primeira empresa a estruturar um FIDC (fundo de investimentos em direitos creditórios) do Brasil, para empresar os recursos captados diretamente para as faculdades.  “Não somos banco, captamos recursos no mercado de investidores – desde family offices, fundos de pensão até pessoas físicas, além de linhas de crédito do Itaú e BV .

“Somos muito resilientes, passamos por várias dificuldades de aprendizados; quando estávamos bem fortes, veio a crise 2008, que era uma crise de crédito; estávamos em um país emergente dando crédito. Já tínhamos uma carteira considerável, precisávamos de fato de funding. Nessa época tivemos um investimento do IFC, que ficou até 2019 como sócio, e de fundos de private equity; conseguimos sair da crise com disciplina e crédito consciente”, diz.