Empreendedoras

Nani Gordon, Cash.in

Com apenas 25 anos, a empreendedora paulistana Nani Gordon assumiu um cargo de liderança e passou cinco anos coordenando equipes de até 100 pessoas. Ter a chance de tão jovem assumir essa função fez com que estudasse sobre outras áreas e criasse uma responsabilidade intrínseca em entregar resultados. Depois dessa experiência, todos os negócios e empreendimentos em que fez parte sempre trouxeram um desafio e a ideia de que é preciso ter retorno e olhar para as necessidades individuais de cada mercado.  Fundadora e Co-CEO da Cash.in, a veia empreendedora de Nani começou em Chicago e se expandiu até o Qatar. Ao acompanhar o marido em uma das maiores cidades dos Estados Unidos, a empresária começou a auditar aulas na Kellogg School of Management, onde ele era aluno – assim ela podia assistir matérias selecionadas. Despertou então a  vontade de estudar temas como administração, contabilidade, recursos humanos e ingressou em um curso na DePaul University, além de um fazer estágio na BucketFeet, onde criava estratégias de atacado para novos mercados e/ou melhorias onde já atuavam.

Por que decidiu empreender?

Depois de uma experiência no Qatar, com uma sócia que havia conhecido nos EUA, voltei ao Brasil em 2019 e comecei uma nova empreitada. Ao lado da minha nova sócia, Luciana Ramos, fundamos a Cash.in, fintech que otimiza o pagamento de prêmios de incentivos e bônus. A ideia surgiu após Luciana identificar a falta de digitalização dentro das empresas. Juntas, estudamos o mercado e descobrimos que as empresas ainda pagavam premiações com cupons físicos, sem controle de entregas, utilizando logística e gastos com papéis e burocracia. Dentro da plataforma Cash.in, é possível transacionar valores para o pagamento de boletos, saques em lotéricas, transferências bancárias (sem a necessidade de o usuário possuir conta em banco) e resgate de cupons em lojas parceiras como Americanas, C&A e Netflix.  A fintech é uma das pioneiras nesse segmento; esperamos fechar 2020 com mais de R$ 50 milhões transacionados na plataforma.

Como enfrentou as barreiras?

Tudo é uma evolução, crescimento, e nós, mulheres, já mostramos que representamos um ativo gigante no mercado. Já nos conectamos a líderes de grandes empresas como Tânia Constantino na Microsoft, startups bem sucedidas com CEOs femininas, como Maria Teresa Fornea da BCredi e empresas disruptivas como o NuBank fundado também pela Cristina Junqueira. Busco exemplos positivos e mulheres fortes para me espelhar, além de ter como sócias mulheres fortes e incríveis como Carla e Luciana.

Onde quer estar daqui a dez anos?

Nossa! Dez anos é muito tempo, principalmente hoje com a Cash.in com quase dois anos de operação. Consigo pensar em cinco anos a frente onde nos vejo como uma empresa robusta – levando acesso digital, facilidade e muito mais felicidade ao lidar com o dinheiro. A meta é agressiva e em cinco anos devemos ser 50 vezes melhores!