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Surf Telecom entra com pedido na Justiça para extinguir processo apresentado por sócio e retomar IPO

A Surf Telecom e a Maresias Participações – detentora da maior parte das ações da Surf – , entraram com pedido na Justiça nessa semana para extinguir o processo movido pela multinacional Plintron Holdings, sócia com 40% do capital, e retomar o processo da oferta inicial (IPO) de ações na B3. No ano passado, a Plintron ganhou uma liminar para impedir o IPO da Surf, alegando que a sócia estava atrasando a entrega do controle da companhia.

A Surf, por sua vez, alega que há irregularidades na representação processual e que a procuração apresentada pela Plintron não tem validade, já que é de 2019, anterior à venda para o grupo Lycamobile. “Nosso pedido é pela extinção do processo. O documento não tem validade”, diz Yon Moreira, fundador da Surf Telecom.

Com a queda dos juros, este ano tem se mostrado bastante favorável a captações de recursos no mercado acionário – e a Surf não quer deixar essa janela de oportunidade passar. Apesar das desistências de 20 ofertas primárias e 18 secundárias em 2021,  já foram registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 26 ofertas de ações (13 foram primárias e 13 secundárias), que totalizaram R$ 19,2 bilhões. E outras 82 ações aguardam em análise na CVM, sendo 43 primárias e 39 secundárias.  

A Surf é uma MVNO, empresa que oferece uma solução white-label de serviços de conexão de voz, dados, banda larga e telefonia fixa. Hoje, tem mais de 50 clientes – entre eles, Magazine Luiza, Uber e Bmg, por exemplo – que oferecem de telefonia para as suas bases. O grupo tem também uma fintech, que oferece conta digital com cartões de crédito e serviços de empréstimo direcionados direto ao consumidor final.