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Fintechs voltam a liderar investimentos de venture capital no Brasil neste ano: US$ 731 milhões até 30 de abril, diz Distrito

As fintechs voltaram a liderar os investimentos de fundos de venture capital no Brasil neste ano: US$ 731 milhões até 30 de abril em 45 negócios. Os números são do Inside Venture Capital Report, relatório mensal produzido pelo Distrito Dataminer, braço de inteligência da plataforma de inovação aberta Distrito. Considerando todas as verticais de startups, o quadrimestre registrou mais um recorde: US$ 2,35 bilhões. O volume já representa 66% do investido durante todo o ano passado, o melhor até então da série histórica. Foram, ao todo, 207 aportes realizados.

O setor de proptechs ficou em segundo lugar com US$ 526 milhões, seguido pelo de retailtech (US$ 507 milhões), edtechs (US$ 222,5 milhões) e supply chain (US$ 215,6 milhões). 

“O Brasil tem sido cada vez mais representativo no cenário de empresas de tecnologia e inovação no mercado brasileiro. E temos visto novos players entrando, tanto dentro de casa, como fundos estrangeiros chegando. A tendência é termos investidores mais diversificados e um mercado crescente”, diz Gustavo Gierun, managing partner do Distrito. 

Só no mês de abril, foram aportados US$ 348 milhões em 38 deals, com destaque para a gestora de investimentos Warren, que recebeu uma Series C de US$ 52.3 milhões com participação da GIC, Ribbit Capital, Kaszek Ventures, Chromo Invest, QED, Meli Fund e Quartz.

“Vínhamos discutindo como 2021 ia se provar melhor do que o ano anterior, mas tem tudo para superar. E a tendência é de continuar crescendo, conforme as startups começam a receber aportes nos níveis dos Estados Unidos e Europa”, diz Tiago Ávila, head do Distrito Dataminer. 

Ainda segundo o relatório, foram feitas 77 fusões e aquisições em 2021. Apenas em abril foram 18: destaque para a aquisição da Celer pela VIA (antiga Via Varejo); da Bling pela Locaweb; da Jovem Nerd e Smart Hint pela Magalu; e a Dataminer pela Nuvini. 

“O envolvimento das grandes empresas no ecossistema aumentou de maneira muito intensa, e isso fecha o círculo de geração de valor. Elas não só contratam startups como fornecedoras de tecnologia e soluções, mas investem e compram as startups, que é o que tem acontecido mais recentemente. Quando isso acontece, você tem um círculo virtuoso de alocação de capital”, completa Gierun.