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Britech vai às compras; nova aquisição trará 40% mais de receitas para o negócio, diz CEO da wealthtech

Yuryi Ferber, CEO da BriTech

Denise Ramiro

Com mais de US$ 1 trilhão de ativos sob custódia, a BRITech, plataforma digital que oferece tecnologia para gestores de investimento, espera fechar, entre o final de setembro e início de outubro, a aquisição de mais uma empresa de tecnologia, que vai agregar dois novos produtos ao seu portfólio e incrementar as receitas em 40%. “Nossa estratégia não é comprar concorrentes, mas empresas que venham complementar o nosso negócio”, diz Yuryi Ferber, fundador e CEO da wealthtech. Segundo ele, a expectativa para este anos é aumentar a receita em mais de 130%.

Essa será a terceira companhia a ser incorporada à BriTech – eles compraram duas pequenas empresas de tecnologia no início das operações, em 2014. Para adquirir novas empresas, a BRITech avalia mais um ou dois aportes de capital ainda este ano. A primeira captação aconteceu em 2015, quando recebeu recursos da Ória, gestora de private equity voltada  para empresas de tecnologia B2B, que também se tornou sócia minoritária da BRITech.  

A empresa decidiu internacionalizar as operações h;a dois anos, motivada pelo aumento do interesse dos seus clientes — fundos de investimentos, family offices, private equity. Esse nicho de negócios triplica desde então, e hoje responde por 10% das receitas da BriTech – em 2019 era 5% e até o final do ano deve chegar a 15%. 

Na semana passada, a fintech anunciou a entrada em três novos mercados, Alemanha, Áustria e Suíça, passando a atuar em 22 países da América Latina, dos Estados Unidos, do Canadá, do Reino Unido e da Europa. “Nossa ideia é que a tecnologia atenda o cliente do começo ao fim do negócio, acompanhando o processo deles de internacinalização”, explica Ferber.

De acordo com Ferber, para evitar erros conhecidos na experiência de internacionalização, em que geralmente a empresa entrante trabalha com métodos e visões que funcionam somente em sua região de origem, a BRITech trabalha com franquias. Foi esse modelo que permitiu sua expansão internacional em um curto período de tempo. 

“Trabalhamos com parcerias por considerarmos fundamental a expertise local sobre o segmento e seu funcionamento em determinado local. A ideia é sempre entender as dores daquele mercado para então implementar soluções personalizadas para suas necessidades.”