Resultados Financeiros

Bradesco anuncia alta do lucro e adia IPO do Next para 2023; ações caem por piora dos resultados em seguros

O lucro líquido consolidado e recorrente do Bradesco atingiu R$ 6,3 bilhões no segundo trimestre de 2021 (R$ 12,8 bilhões no primeiro semestre), registrando evoluções expressivas em relação aos mesmos períodos do ano anterior (2T20 e 1S20). Mesmo assim, o mercado reagiu mal: as ações chegaram a cair mais de 3%. Em teleconferência, o presidente do banco, Octavio de Lazari Junior afirmou que o banco digital Next só deve abrir o capital na B3 em 2023. Além disso, os resultados da área de seguros, afetados pela pandemia, caíram quase 60%, a R$ 1,5 bilhão.

Segundo o banco, o aumento do lucro se deu em função de diversos fatores, tais como maiores receitas com prestação de serviços, crescimento da margem financeira com clientes, menores despesas operacionais e menores despesas com PDD.

Os indicadores de rentabilidade acumulados (ROAE e ROAA), registraram 18,2% e 1,5%, respectivamente, apresentando uma melhora em relação ao mesmo período de 2020.

Em relação ao trimestre anterior, o bom desempenho das receitas relativas a margem financeira com clientes e serviços, aliado à redução das despesas com PDD e despesas operacionais, contribuíram para reduzir o impacto decorrente do menor resultado obtido com as operações de seguros, previdência e capitalização, que mesmo afetado pelos efeitos da pandemia, atingiu o montante de mais de R$ 1,5 bilhão.

A carteira de crédito expandida apresentou crescimento de 9,9% em 12 meses e 3,0% no trimestre, com destaque para a forte aceleração da carteira de pessoas físicas, que apresentou evolução de 21,0% em 12 meses e 5,7% no trimestre, impulsionada pelas operações de financiamento imobiliário, cartão de crédito e crédito consignado. Na carteira de pessoas jurídicas, destacamos as operações de PME, que evoluíram 28,7% no ano e 4,6% no trimestre.