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Representatividade do PIX no comércio brasileiro quase dobra no segundo trimestre de 2021

O PIX segue firme em sua escalada de participação no segmento de pagamentos digitais (cartões de crédito, débito e pré-pagos) do Brasil. De acordo com a primeira edição do Estudo PIX Gmattos, conduzido pela consultoria Gmattos, a representatividade do PIX entre os pagamentos por meios eletrônicos no comércio brasileiro – online e físico – deu um salto entre o primeiro e o segundo trimestres de 2021, saindo de 1,16% para 2,16%.

Segundo os dados do estudo, os pagamentos com PIX em lojas comerciais com perfil de aceitação de meios eletrônicos de pagamento (cartões) representaram 1,16% do total de pagamentos com cartões (crédito, débito e pré-pagos) divulgados pela ABECS (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), no primeiro trimestre de 2021.

No segundo trimestre, por sua vez, o Estudo PIX – Gmattos estima que os pagamentos com PIX representaram 2,16% do volume total de pagamentos eletrônicos, no mesmo período.

A Gmattos projeta que, mantidos os vetores de crescimento do PIX e a estimativa do volume total de pagamentos com cartões em 2021, o PIX poderá representar 3,4% desse volume no último trimestre deste ano.

Aceitação de 40,7% no e-commerce

O Estudo aponta ainda que a adoção da modalidade pelos maiores lojistas online brasileiros cresceu 8,5 pontos percentuais entre maio e julho, passando de 32,2% para 40,7%.

Para chegar a esses dados, o estudo baseou-se na observação de aceitação das maiores lojas online do país (as maiores de cada segmento) – que, juntas, somam 85% desse mercado – entre os dias 1º e 10 de julho.

Considerando pesquisas realizadas pela consultoria desde janeiro, o PIX apresenta uma alta acumulada de 23,8 pontos percentuais no período – sua aceitação era de 16,9% no primeiro mês do ano, o que significa que ela mais do que dobrou em seis meses.

O estudo aponta ainda que, a forma de pagamento débito é aquela que está sendo mais afetada com a aceitação do PIX. As expectativas iniciais, quando da implementação do PIX no final de 2020, eram de que o novo meio de pagamento ameaçasse a aceitação do boleto. Isso não se aplica, já que, das lojas online que aceitam PIX, 91,6% mantêm a aceitação de boletos, ao passo que apenas 33% aceitam simultaneamente o débito.

Gastão Mattos, cofundador e CEO da Gmattos, analisa essa evolução do PIX sobretudo em razão de um importante aspecto: sua alta taxa de conversão para os lojistas no comércio eletrônico – entre 60% e 90%. “Ela é decisiva para que as lojas online tenham motivação para operar com esse meio”, afirma o especialista. “Transações com PIX podem representar de 2 a 3 vezes mais faturamento para a loja, na comparação com transações por cartões de débito”, diz.

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