Reportagens Exclusivas

Depois de fechar parceria com o Itaucard, Monis negocia mais três; próximo passo é criar novos produtos para "multisonhos"

Guardar dinheiro por meio de um cartão de crédito, com foco em realizar um sonho – tese de negócios que levou à criação da Monis – poderia muito bem ser sua sentença de morte. Afinal, se o motivo é o sonho, ao realizá-lo, o cliente abandonaria o aplicativo.

Para escapar desse destino, a fintech tem duas cartas na manga.

Uma delas é expandir sua oferta de produtos e permitir que o usuário cadastre “multisonhos” na plataforma – e recomendar, para cada um, um tipo de investimento, com prazos e condições diferentes.

A outra estratégia, também em implantação, é diversificar. “Se temos acesso aos sonhos das pessoas, por que não intermediar também sua realização”, diz Andre Vilar, sócio fundador e CEO da Monis. Segundo ele, em, breve serão anunciadas “três ou quatro” novas parcerias, incluindo varejo e empresa de viagem, para construir um ‘marketplace de sonhos’. “Nossa vocação não é ser apenas uma gestora de recursos”.

Investidores com foco em usar cartão de crédito para acumular milhas e viajar formam um dos três principais perfis de clientes da Monis. O segundo perfil é dos “desorganizados” financeiramente, que escolhem a Monis para investir de forma recorrente. “Ainda há um terceiro grupo, que poupa para ter uma reserva para imprevistos, e precisa fazer resgates constantemente. Vamos criar produtos financeiros para esses três perfis”. informa.

Hoje, a Monis oferece aplicações semanais programadas, via cartão de crédito, em investimentos que rendem 100% do CDI, sem custos para os clientes.

Com um ano recém completados em agosto, a Monis acaba de lançar seu aplicativo para smartphone. A fintech tem hoje cerca de R$ 1,5 milhão de saldo líquido aplicados pelos clientes: “Em um ano, o nosso índice de retenção é de 90%”, diz. Segundo o empreendedor, a taxa de crescimento é superior a 50% ao mês.

Parceria com Itaucard

A parceria com o Itaú está em teste, mas já pode ser acessada pelo aplicativo do banco por portadores dos cartões. Ao aderir, o cliente ganha R$ 20 depois do primeiro mês. “Este é o começo de uma parceria que ainda vai evoluir. O modelo será também replicado em parcerias que estão em andamento”, diz Vilar.

O crescimento da Monis agora tem sido 80% orgânico, boa parte por indicação dos clientes. Com as parcerias, esse crescimento orgânico deve aumentar ainda mais. Para Vilar, a Monis não é concorrente, mas uma solução complementar às dos bancos.

Leia também: