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Brasil é o segundo país no mundo com mais fintechs fundadas por mulheres: apenas 16; nos EUA a amostra também é pífia: 26

Elas ainda são uma gritante e inquietante minoria no mundo dos negócios – principalmente se o negócio é finanças. Para se ter uma ideia, o Brasil é o segundo país no mundo com mais fintechs fundadas por mulheres – e ainda assim são apenas 16 entre quase 1500. O primeiro no ranking é os Estados Unidos, com 26. O levantamento está no novo relatório da Findexable, Fintech Diversity Radar. Na média, só 1,5% das fintechs são fundadas por mulheres.

Aqui, há apenas uma fintech que foi fundada exclusivamente por mulheres: a BCredi, de Maria Teresa Fornea, comprada pela Creditas em janeiro.

Segundo o relatório, embora os números mostrem essa dura realidade, o lado bom é que fora da Europa e Estados Unidos, os esforços por inclusão financeira vem acompanhados de mais mulheres no comando.

Das 1.000 fintechs de melhor desempenho no índice FDR1000, apenas 16 foram fundadas exclusivamente por mulheres. Para contextualizar: 911 foram fundados por homens. São apenas 68 CEOs do sexo feminino no total. Para cada mulher no conselho há, em média, nove homens. Se olharmos para a composição das equipes fundadoras, executivos ou conselhos de administração, mulheres em cargos de nível sênior são notáveis por sua ausência. Quando estão presentes, tendem a ser encontradas no RH e funções de marketing. O número em cargos de desenvolvimento estratégico, de negócios ou tecnologia é incrivelmente pequeno. Quanto ao perfil dos fundos que investem em fintechs, o cenário se repete: homens brancos controlam 93 por cento dos dólares de capital de risco.

Foram entrevistadas 16 mulheres em fintechs, entre elas Deborah Abi-Saber Global Head of Diversity & Inclusion and People Support do Nubank. A pesquisa foi realizada em 1032 fintechs de 62 países.

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