Lucro consolidado dos maiores bancos de capital aberto cai em relação ao 2º tri, mas ROE volta ao nível pré-pandemia

O lucro consolidado dos quatro maiores bancos de capital aberto no Brasil no terceiro trimestre caiu em relação ao que havia sido apurado no trimestre anterior, mas o retorno patrimonial (ROA) voltou ao nível que estava antes da pandemia. Apesar da queda em três meses, o lucro de R$ 21,3 bilhões é o terceiro maior da amostra acompanhada pela consultoria Economatica desde o quarto trimestre de 2006 (data do primeiro dado disponível para o Santander).

O crescimento do lucro em um ano é de 36,75% e o recuo em três meses, de 7,99%. O Bradesco apresentou o maior lucro (com R$ 6,64 bilhões), seguido por Itaú Unibanco (com R$ 5,78 bilhões), Banco do Brasil (com R$ 4,60 bilhões) e Santander (com R$ 4,27 bilhões).

Alta dos juros reforça receitas com crédito

A alta dos juros resultou em aumento da receita de intermediação financeira dos quatro bancos, que somou R$ 159,1 bilhões, ficando 210,8% superior à do terceiro trimestre de 2020, e 55,6% superior à do segundo trimestre de 2021. O Itaú Unibanco registra a maior receita no terceiro trimestre de 2021 (com R$ 45,4 bilhões).

Já a provisão contra calotes subiu, atingindo R$ 18,6 bilhões, depois de passar dois trimestres anteriores em queda. O montante, porém, segue abaixo da média histórica.

Retorno sobre o patrimônio

A mediana do ROE dos quatro bancos no terceiro trimestre de 2021 é de 17,59%, percentual próximo ao registrado no primeiro trimestre de 2020 (pré – pandemia). O menor valor aconteceu no quarto trimestre de 2020, quando a mediana foi de 12,06%, e o maior registro foi no primeiro trimestre de 2008 (com 26,98%).

Valor de Mercado

O valor de mercado consolidado dos quatro bancos em 7 de novembro de 2021 é de R$ 600 bilhões, 7% acima do que estavam no final do primeiro trimestre de 2020, mas ainda 37% abaixo do que estava no quarto trimestre de 2020.

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