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O Pinbank, fornecedor de infraestrutura tech para instituições financeiras, vai passar a dar crédito com recursos próprios, diz CEO

O Pinbank, fornecedor de soluções de Banking as a Service (BaaS), conta digital e maquininha de cartão, vai passar a oferecer crédito com recursos próprios até o final deste ano. A informação foi dada pelo CEO, Ricardo Barletti, a Fintechs Brasil.

“Estamos terminando o desenvolvimento de ferramentas próprias de concessão de crédito; o produto será lançado no último trimestre do ano para todos os clientes do Pinbank, com recursos próprios do grupo”, informou. Os recursos devem vir de aportes de investidores, o que também está em negociação. O Pinbank dá lucro desde 2019 e, para 2022, a previsão é apurar R$ 70 milhões, diz.

A distribuição ficará a cargo da Polocred Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e a Empresas de Pequeno Porte, comprada pelo grupo em 2017, que passará a atuar como fintech.

O Pinbank tem cinco sócios: além de Barletti, o co-fundador Anderson Cicotoste atua como CIO, e os outros são sócios capitalistas. “Até agora, não foi preciso captar no mercado, mas o crescimento acelerado está exigindo mais recursos e a profissionalização da gestão”, adianta o CEO. Além de contratar executivos para tocar o dia a dia – e livrar seu tempo para “criar”- Barletti e Cicotoste acabam de alugar um novo escritório, duas vezes maior, em uma travessa da Av. Paulista. O grupo tem uma unidade em Alphaville também, onde funciona o HQ de tecnologia.

Nascido há 12 anos para “ratear” pagamentos de transações imobiliárias entre as partes envolvidas (corretor, proprietário, construtora…), o Pinbank foi desenvolvendo novas soluções e comprando empresas até chegar, atualmente, a 400 clientes diferentes – 40% são empresas e 60%, microempreendedores individuais (MEIs) ou pessoas físicas – dos quais quase 90% deles usam sua solução de BaaS.

“São mais de 140 mil contas digitais, 35 mil maquininhas de cartão, e 1,7 bilhão de transações financeiras realizadas em abril; nossa previsão é fechar o ano com cerca de 20 bilhões”, diz Barletti.

Sete milhões de PIX

“Processamos hoje 7 milhões de transações de PIX por mês – e quase 40% é para um dos maiores bancos do país”. O PIX já é responsável hoje por um terço das transações de pagamento no Brasil, e com tendência de crescimento a cada mês. “O PIX alterou muito o cenário desde seu surgimento, transformando o perfil das transações de débito e, hoje, com muito mais segurança para as partes envolvidas em relação ao seu lançamento em 2020”, diz.

Fonte: Propague

Além da Polocred, o grupo tem a Pincred (credenciadora), Pinbank (IP), PinSolution (soluções de TI) e a P3services (soluções de processamento). São cerca de 100 colaboradores, dos quais 40 só em TI.

“Hoje oferecemos mais de 400 APIs de consumo, entre as quais a conta 100% digital; maquininhas Pinbank que se adaptam a todo tipo de negócio; sistema de antecipação de recebíveis – tanto para vendas no crédito como para as parceladas, contratadas de forma automática ou pontual; cartão Pinbank Mastercard pré-pago, sem anuidade e internacional; BaaS e solução completa white label para qualquer empresa atuar como uma fintech, uma startup, uma e-commerce, varejista ou indústria, disponibilizar serviços personalizados de emissão de cartão, conta digital, transferências, pagamentos de boletos e PIX”, lista. As APIs segmentadas podem ser integradas com serviços financeiros que envolvem abertura de conta, transferência, pessoa física, PIX, Externa TED, emissão de cartão, folha de pagamentos, pagamento de contas, emissão de boletos, recargas e cobrança.