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Zro Bank prepara plataforma cripto para investidores profissionais e programa de “parceria” com influenciadores digitais

Em meio à maré baixa do Bitcoin, que acumula desvalorização de 65% desde novembro, o Zro Bank, uma das fintechs nacionais mais focadas em criptoativos, prepara dois novos projetos para
o segmento. Criada pelos fundadores do Grupo B&T, referência no mercado de câmbio, a startup
pernambucana trata, de quebra, de ajustar sua estratégia de crypto as a service, que foi lançada
em novembro e tinha como públicos-alvo, de início, empresas e instituições financeiras.

“A demanda ficou aquém do que esperávamos. Seguimos tocando essa operação, mas nossas
atenções agora estão voltadas para investidores de maior porte que tenham apetite por
criptoativos em geral”, comenta o chief marketing officer Carlos Alberto Vilela, o Cazou.

A programação da casa, adianta o executivo, prevê o lançamento, em um prazo máximo de 60
dias, de uma plataforma voltada a investidores profissionais, ou seja, com aplicações totais acima
de R$ 10 milhões, e até institucionais. O nome já foi definido, Zro Pro. “A ideia é atrair, entre
outros públicos, day traders que operam com grandes volumes e personal bankers”, diz Vilela,
que também vê espaço nessa lista para agentes autônomos de investimento. “Se eles tiverem por
trás bancos que não trabalham com criptos, estarão liberados para operar conosco.”

Hoje lidando só com Bitcoins, o Zro Bank já cuida da montagem de um cardápio de criptoativos,
até como forma de despertar o interesse de aplicadores mais graúdos e sofisticados. A fintech
pretende ofertar mais dez ativos virtuais em até 45 dias, de uma tacada só, e a partir daí reforçar
sua grade cripto de forma gradual. “Planejamos a ampliação do leque com uma média de duas
novas opções por semana. A meta é chegar a 60 criptomoedas até o fim do ano”, diz Vilela.

Na frente do chamado “criptovarejo”, a startup iniciou sua ofensiva com o lançamento, em 7 de
julho, do Programa de Afiliados. A promoção garantirá à clientela, ao longo de 12 meses,
cashbacks em Bitcoins equivalentes a 0,1% das compras de criptomoedas e transações com
cartões de débito físico e virtual por usuários indicados. Na execução dessa estratégia, que tem o
objetivo traçado de duplicar até 31 de dezembro o contingente de usuários do aplicativo da casa,
hoje ao redor de 500 mil, Vilela prevê ações específicas para influenciadores digitais.
“A iniciativa é perfeita para aqueles que, contando com 2 mil a 3 mil seguidores, ainda não
decolaram. Se conseguirem direcionar um terço de seus públicos para o Zro Bank, eles tornarão
seus perfis nas redes sociais verdadeiras máquinas de cashback”, diz o executivo. “Teremos, no
entanto, o cuidado de realizar um forte trabalho de educação financeira com os influenciadores,
para permitir que eles compreendam a sopa de letrinhas que se tornou o mercado de criptoativos.”

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